shall we dance?
"Entre o sono e o sonho, entre mim e o que em mim, é o quem eu me suponho, corre um rio sem fim"... Contradições, momentos, emoções, risos e lágrimas... Loucura e fantasia... Sempre a razão e a realidade... Eu, quando me olho ao meu espelho... de estilhaços
Onde estiveres eu estou
e assim passam rapidamente os segundos, os minutos, as horas... e é assim que olho para o relógio e são já 4h30 da manhã... e A Cabra tá quase a fechar a edição... apenas mais um de muitos fechos, mas o primeiro em que estou... o primeiro de muitos, espero.
alguém me empresta um detector de sentimentos?
daqueles à prova de subjectividades,
de emoções e de passados...
à prova de carinhos, afectos e atenções
(daqueles detectores de um frio metálico, que nem quando em contacto com o calor preso dentro do peito, aquecem...)
para detectar aquilo que sinto
para não enganar ninguém
para não me enganar a mim própria
ou para deixar de pensar que me engano a mim própria
"o que há em mim é sobretudo cansaço
se puder ser, ou até se não puder ser...
e o resultado?
para eles a vida vivida ou sonhada,
para eles o sonho sonhado ou vivido,
para eles a média entre tudo e nada, isto é, isto...
para mim só um grande, um profundo,
e, ah, com que felicidade infecundo, cansaço,
um supremíssimo cansaço.
íssimo, íssimo, íssimo,
cansaço..."
(álvaro de campos)
pois é... e assim se inicia um novo ano... novas perspectivas, novos planos e projectos? não gosto de pensar nisso... nunca fui de traçar linhas de acção para um novo ano (ou antes, já o fui, mas logo me apercebi que isso comigo não funcionava!). afinal de contas, a nossa vida é sempre um contínuo... não é por se passar do dia 31 de dezembro para o dia 1 de janeiro que tudo vai ser diferente ou que simplesmente podemos decidir que iremos mudar radicalmente, ou substancialmente, a nossa maneira de viver.